Se os sonhos começarem a desvanecer?
Eu pego no lápis e defino-os.
E se a cor se começar a esbater?
Coloco a tinta na paleta,
Pinto-os outra vez.
E se os sonhos se empoeirarem?
Um sopro forte bastará.
Se as sombras rodearem os sonhos?
Tiro-os da prateleira,
Disponho-os na janela
Para se iluminarem
Se os sonhos se arrastarem?
Tiro o relógio do bolso
Dou-lhe corda de novo.
E se os sonhos fraquejarem?
Arranjo muletas para andarem.
E se os sonhos começarem a tombar?
Tenho estacas suficientes,
Têm muito para os suportar.
Mas e se os sonhos não forem reais?
Aumento a minha realidade,
Construo espaço para os deixar entrar.
O respirar leve,
Ruidoso, mas leve.
O compasso certo,
Calei a mente.
Encostei a cabeça,
Calor e almiscar.
Sorri.
O respirar era leve,
Ruidoso, mas belo.
Calei o meu ruído,
Rodeei-me do seu.
Adormeci.
Ao rugir do vento,
Eu vivo!
Ao grito do trovão,
Eu vivo!
Ao estalar das chamas,
Eu vivo!
Com cada tremor
Me solto
Com cada onda
Me relaxo.
Com cada rajada
Me mostro.
Sou a força,
A derrota,
O mistério tão óbvio.
O começo do fim
E o término do inicio.
Serei a luz após a noite
E retornarei como escuridão.
Sou yin, yang
Sou tudo, todos, nada
Sou, mas serei?
Mas fui?
Existo apenas então